Eu me chamo Juliana Oliveira Dias. Sou irmã caçula do padre Geraldo, administrador paroquial da paróquia de Santa Rita de Cássia de Ubaí. Quando o meu esposo e eu decidimos que era a hora de termos o nosso primeiro filho, ao fazer as consultas e exames iniciais, recebi o triste diagnóstico de que a gravidez seria quase impossível, pois eu tinha um mioma enorme e outro pequeno, ambos fora do meu útero. Um mês após, para a nossa surpresa, eu estava grávida. A minha ginecologista, doutora Giselle, não acreditou quando eu lhe mostrei o exame cujo resultado era positivo. Por ser uma gravidez de alto risco, foi necessário que eu ficasse em repouso absoluto. Logo em seguida, os médicos descobriram que eu tenho colo curto e, por isso, foi exigido um repouso mais rígido. Tive que ficar só deitada, pois o risco de perder o meu bebê era enorme. Foram meses de luta, angústia e choro. Nesse tempo, o amor da minha família, o suporte dos meus amigos e amparo de Nossa Senhora e Santa Rita de Cássia foram o meu sustento e força para acreditar no milagre da vida. Com 22 semanas e 8 dias, tive que ficar internada para ser feita a cerclagem, pois, por causa do colo curto, o meu útero se abria. Fiquei internada durante dez dias até Dr. Hebert, na Santa Casa, em Montes Claros, fazer a cerclagem com maestria. Durante esses dias, eu passava de plantão em plantão e os médicos temiam em realizar esse procedimento, pois o risco de furar a minha bolsa era enorme. Foi feita uma grande corrente de oração para que o nosso Benício fosse salvo. Eu me mantive confiante de que Santa Rita poria ali o melhor médico para fazer essa cerclagem. Os demais médicos ficaram impressionados como Dr. Hebert conseguiu realizar essa cerclagem tardia com sucesso. A partir daí, os cuidados foram redobrados. Tive que fazer um repouso maior. Fiquei praticamente 100% deitada. Com 29 semanas e 6 dias, tive diabetes gestacional e tive que ficar internada. Cada dia vencido era motivo para agradecermos ao Senhor por tudo que Ele fazia em meu favor. Com 32 semanas, a minha bolsa estourou. Foi um desespero. O meu esposo me levou às pressas para a Santa Casa. Fiquei alguns dias internada, pois os médicos pretendiam prolongar as semanas para que o pulmãozinho do bebê amadurecesse mais. Por causa da bolsa rota, eu perdi o líquido todo, logo, eu tinha que tomar muita água para repor esse líquido. Só Deus sabe o que vivi nesses dias. O medo de perdê-lo era enorme. O meu irmão, padre Geraldo, convocou os paroquianos de Ubaí a rezarem por mim; a minha família dobrou os joelhos e pedimos a Santa Rita que intercedesse por esse milagre. Meu filho, já muito amado, precisava nascer, pois eu sabia que essa era a minha única chance de ser mãe. Até que, no dia 21 de junho de 2022, ele entrou em sofrimento fetal. Por isso, foi necessário fazer a cesariana e o nosso grande milagre, Benício, nasceu, com apenas 1,900g. Nasceu prematuro com apenas sete meses. Quem o viu tão pequenino e frágil não acredita que é o mesmo de hoje. Já está com quase um ano. Tão lindo, inteligente e saudável. Lá em casa, não éramos devotos de Santa Rita de Cássia. Não tínhamos intimidade com ela. Com o envio do meu irmão para a paróquia de Ubaí, ele trouxe essa devoção para a nossa família. Como ele nos diz: “ O povo de Ubaí um povo de muita fé.” Certamente, a providência divina nos levou à Santa Rita. Hoje, posso dizer com toda a convicção do meu coração, que tenho uma amiga maravilhosa no céu que intercedeu, cuidou e zelou da minha gravidez. Minha amiga Rita não falhou. Por isso, eu venho lhe agradecer, Santa Rita, por ter sido essa amiga exímia que rogou ao céu por mim. Nosso Bezinho é consagrado a essa Senhora das causas impossíveis. Hoje, posso ratificar: “Para Deus, nada é impossível!” E quem tem Ritinha como amiga, toca em milagres. Nosso Bezinho é o nosso milagre. Gratidão, Santa Rita!!! Gratidão, Santa Rita de Ubaí!!!
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